Roteiro e história dos Templários em Portugal
- Europax Tour
- 10 de jul. de 2024
- 10 min de leitura
Festa dos Templários em Tomar

No dia 11 de Julho de 2024, acontecerá na cidade de Tomar em Portugal, a histórica Festa Templária. Nós da Europax estaremos à disposição para auxiliar em qualquer serviço que possamos ser úteis para que você possa curtir todos os momentos deste evento. Podemos oferecer toda a infraestrutura necessária para a programação do evento de 2025,
Informações Técnicas
A Ordem dos Templários representa para Tomar a sua génese. Em 1159 Dom Afonso Henriques doa esta terra, como feudo, à Ordem. Dom Gualdim Pais, grão-mestre dos Templários, inicia em 1160 a construção do Castelo que viria a ser a sede dos Templários em Portugal, extinta em 1312 pela bula papal de Clemente V.
A edição de 2024 da Festa Templária pretende evocar o espírito Templário que molda a história e o traçado da cidade de Tomar.
Quinta, 11 julho
10h00 às 17h00, Convento de Cristo - Seminário “Quotidiano Templário Revisitado”
18h00, Praça da República – Abertura Oficial Festa Templária 2024.
19h30, Mata Nacional dos Sete Montes - Jantar do Povo
(Geral (+10 anos) – 22€ | 3 a 9 anos - 15€)
20h00/20h20/20h40/21h00/21h20/21h40/22h00, Igreja Santa Maria dos Olivais (ponto encontro) - Recriação Histórica “A Divisa de Thomar” pelo Fatias de Cá
Locais:
Igreja Santa Maria do Olival
Igreja de S Francisco
Casa dos Tetos
Igreja da Misericórdia
Jardim da Calça Perra
Igreja de S. João Baptista
Capela de Santa Iria
(Bilhete válido por sessão – 5,55€)
23h30, Rio Nabão – Fire Dragons
Sexta, 12 julho
10h00, Centro Histórico - Desfile infantil
10h/11h/12h/13h/14h/15h/16h/17h, Torre D. Catarina, Convento de Cristo - Escape Room "O Mistério da Torre"
No topo da torre de Dona Catarina, à vista de todos mas numa sala insuspeita de acesso restrito, guardam-se segredos e mistérios insondáveis.
A professora Alice, tomarense apaixonada pela história da Ordem dos Templários, tem dedicado a sua vida a desvendar na sombra os enigmas que se escondem entre os recantos esquecidos do Convento de Cristo.
Porém, há semanas, a professora desapareceu misteriosamente, deixando para trás uma sala repleta de pistas e artefatos Uma experiência empolgante, adaptada a um público adolescente e adulto, com enigmas divertidos e desafiantes que incentivam o raciocínio lógico, a resolução de problemas e o trabalho em equipa, integrados na temática da Festa Templária.
(M/12 | 2 a 6 participantes | 5€)
19h30, Convento de Cristo - Jantar Real
(Geral (+10 anos) – 38€ | 3 a 9 anos - 25€)
20h00/20h20/20h40/21h00/21h20/21h40/22h00, Igreja Santa Maria dos Olivais (ponto encontro) - Recriação Histórica “A Divisa de Thomar” pelo Fatias de Cá
Locais:
Igreja Santa Maria do Olival
Igreja de S Francisco
Casa dos Tetos
Igreja da Misericórdia
Jardim da Calça Perra
Igreja de S. João Baptista
Capela de Santa Iria
(Bilhete válido por sessão – 5,55€)
Sábado, 13 julho
10h00 - Visitas Guiadas Caminhos da História
Local de concentração: Entrada Mata Nacional dos Sete Montes
Visita ao exterior da muralha defensiva do castelo de Tomar pela antiga Cerca do Convento, com passagem pela Porta do Sangue e detalhes desta construção templária. A integração da cerca conventual, sua função, apontamentos arquitetônicos e exoterismo associado. Percurso: Entrada da Mata dos Sete Montes, seguindo o trilho desde o início da muralha perto da Porta de Santiago do Castelo de Tomar, passando pela Porta do Sangue, Torre da Condessa, antigo Lagar, ao lado do aqueduto chegamos a Cadeira D’el Rei, atingimos o ponto mais alto do percurso com uma panorâmica única do complexo conventual, chegados à Charolinha relaxamos e meditamos na função deste templete, descemos até ao jardim formal e terminamos na entrada da Mata.
(2h | 6 a 20 participantes | 5€)
10h/11h/12h/13h/14h/15h/16h/17h, Torre D. Catarina, Convento de Cristo - Escape Room "O Mistério da Torre"
(M/12 | 2 a 6 participantes | 5€)
14h00 às 17h30, Centro Histórico - Torneio de Arco e Besta Histórica (Thomar Honoris)
22h00 – Cortejo Noturno
Domingo, 14 julho
10h00 - Visitas Guiadas Caminhos da História “Os 5 Elementos Alquímicos de Tomar”
Local de concentração: Praça da República
Circuito pelo Centro Histórico de Tomar, com base nos elementos Fogo, Ar, Água, Terra e Éter ou 5º elemento nos principais monumentos da cidade: Igreja S. João Baptista, Sinagoga, Capela Stª Iria, Igreja Stª Mª dos Olivais.
(2h | 6 a 20 participantes | 5€)
10h/11h/12h/13h/14h/15h/16h/17h, Torre D. Catarina, Convento de Cristo - Escape Room "O Mistério da Torre"
(M/12 | 2 a 6 participantes | 5€)
18h18, Horta dos Frades, Convento de Cristo – Espetáculo de Encerramento pelo Fatias de Cá (acesso pela Mata Nacional dos Sete Montes | entrada gratuita limitada a 500 lugares | levantamento de ingressos no Posto de Turismo)
Artesanato (Mouchão)
11 e 12 julho – 18h00 às 24h00
13 julho – 12h00 às 24h00
14 julho – 12h00 às 20h00
Zona Alimentar (Zona Desportiva)
11 julho – 18h00 às 24h00
12 julho – 18h00 às 3h00
13 julho – 12h00 às 3h00
14 julho – 12h00 às 20h00
Organização: Município de Tomar / Instituto Politécnico de Tomar / Convento de Cristo / Monumentos e Museus de Portugal / Ministério da Cultura / ADIRN / ACITOFEBA / Associação Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém / Caminhos da História / Thomar Honoris / Danças de Tomar Sellium / Juntas de Freguesia do concelho
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Conheça a importância da presença da Ordem dos Templários em Portugal
A ordem dos Cavaleiros Templários estabeleceu-se em Portugal no século XII, inicialmente ajudando os Reis da época nas reconquistas Cristãs contra o domínio Muçulmano/Mouro. Posteriormente se tornando um local de refúgio e proteção da própria Ordem. O ano de 1128 marca a presença da Ordem dos Cavaleiros Templários em terras Portuguesas, sendo que o papel da ordem foi de extrema importância na reconquista de locais anteriormente dominados pelos muçulmanos, na ocasião chamados também de Mouros. A Ordem ganhou prestígio e força por ser um aliado importante da Coroa Portuguesa, e este foi um dos motivos da Ordem dos Cavaleiros Templários que estavam em Portugal não sofrerem represálias e não serem condenados a morte, ao contrário de outros países, caso de Israel na Terra Santa e diversos países da Europa. Em Portugal o Rei D. Dinis criou a "Ordem de Cristo", desta forma protegeu inclusive os bens da Ordem original.
A Ordem dos pobres cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, conhecidos também por Cavaleiros Templários foi criada na Terra Santa, em Jerusalém / Israel. (Caso tenham interesse em conhecer sua origem e história, os convido a acessar o link "Roteiros Templários na Terra Santa")
Não demorou para que os Templários pisassem em terras lusitanas, e logo após a fundação de Portugal, a condessa D. Teresa doou o Castelo de Soure para a Ordem, na data de 19 de março de 1128. Na ocasião o evento aconteceu na cidade de Braga ao norte de Portugal, contando com a presença de Raymond Bernard, cavaleiro recrutado pelo fundador da Ordem, o Grão-Mestre Hugo de Payens.
Após os primeiros 16 anos em Terras Portuguesas, a Ordem de Cristo havia prosperado e conquistado bens e recrutado novos membros. Seu batismo de fogo aconteceu na data de 1144, quando o alcaide Mouro de Santarém atacou o Castelo de Soure. Nesta ocasião os Mouros conquistaram o Castelo de Soure e aprisionaram diversos Templários. No ano seguinte Fernão Mendes de Bragança doou o Castelo de Longroiva para a Ordem. E no ano de 1147, guerreiros Templários em número reduzido de combatentes escalou os muros da cidade de Santarém, de forma furtiva, á noite e conquistaram a cidade novamente para o controle do reinado de Portugal. A importância da presença da Ordem não se dava apenas na proteção ou conquista de terras dominadas pelos Mouros, mas na povoação de territórios devastados pela guerra. Devido a sua força de proteção, diversas famílias se estabeleceram novamente nestes locais e através de tecnologias agrícolas trazidas da Terra Santa em transformar terras desertas em produtivas. A técnica de economia de escala usado na produção ajudou no crescimento destas regiões antes destruídas em terras férteis, caso das terras á margem do Rio Zezerê. O excedente da produção eram vendidos nos mercados urbanos, gerando renda para as famílias e fazendo a economia local crescer.
O Castelo Medieval de São Jorge em Lisboa
Normalmente voos provenientes do Brasil, costumam pousar no Aeroporto de Lisboa. Por este motivo, vou começar a falar do Tour Templário por um Castelo Medieval que se pode ser visto pela maioria das regiões centrais de Lisboa. Classificado como monumento nacional no ano de 1910, este Castelo oferece uma vista maravilhosa da cidade de Lisboa e o estuário do Rio Tejo.
Quando tirei esta foto em 2020 o valor de entrada custava € 10 e hoje o valor é de € 15, em nosso tour obviamente todos os ingressos estarão inclusos, mas caso vá sozinho, é sempre bom levar dinheiro. Nos lugares turísticos normalmente aceitam cartão de crédito, mas na Europa é sempre bom levar dinheiro (Euros), facilita a vida e é seguro.
As primeiras mulharas do Castelo de São Jorge foi construído no séc. II a.C. Mas fora reconstruído por muitas vezes ao longo do tempo. O nome do Castelo foi dado em homenagem ao Santo Católico Padroeiro dos Cavaleiros Templários e Cruzados, nomeado por D. João I no séc. XIV.
O local onde está situado o Castelo de São Jorge, por sua posição estratégica no alto da colina da cidade de Lisboa, já serviu como base de operações do exército de Roma, liderado pelo Cônsul Décimo Justo Bruto Galaico no ano 139 a.C., na época o exército romano lutava contra o Lusitanos. No século VIII o Castelo e a região fora conquistada pelos Mouros, nesta época o nome do Castelo foi chamado de "Al-Ushbuna", e a chamada "Cerca Moura" foi edificada no período tardo-romano, tendo sido reconstruída e aumentada no período de conquista pelos Muçulmanos. A reconquista Cristã da região ocorreu logo após a conquista da região de Santarém, as forças reunidas de D. Afonso Henriques (1112 -1185) onde Cavaleiros Cruzados Normandos, Flamengos, Alemães e Ingleses que se dirigiam á Terra Santa se juntaram na reconquista do Castelo. A investida militar durou mais de 03 meses de incessantes ataques aos Muçulmanos, que ocorreu no ano de 1147. A prova absoluta da devoção dos Cavaleiros foi descrita através de feito heroico de um dos Cavaleiros Cruzados Inglês, chamado "Martin Moniz", que ao avistar a porta entreaberta, sacrificou a própria vida ao interpor seu corpo no vão, desta forma os Mouros não conseguiram fechar a porta e permitiu o acesso dos Cavaleiros e assim conquistaram a vitória.
O Castelo Medieval de Tomar
O Castelo de Tomar está classificado como Monumento Nacional desde 1910 e como Património da Humanidade pela UNESCO desde 1983.
O Castelo de Tomar é o principal local dos Templários em Portugal, localiza-se na região do Ribadejo, na freguesia de Tomar e Santa Maria dos Olivais, no distrito de Santarém. O castelo integra o grande conjunto arquitetônico do Convento de Cristo, rumo a rota Norte para quem sai de Lisboa à caminho da cidade do Porto.
Na data de 01 de março de 1160, por ordem do Mestre dos Templários "D. Gualdim Pais" construiu o famoso Castelo de Tomar. O local arquitetado com o propósito de reverenciar a Ordem Templária, com inovações arquitetônicas de engenharia militar inspiradas e baseadas nos Castelos da Terra Santa.
Além de sua estrutura militar, foram criados diversos meios de comunicação secretos, através de simbologias esculpidas nas paredes do Castelo que apenas os Monges Templários pudessem entender e se localizar dentro e fora do castelo. Tais como registradas nas fotos abaixo.
A arquitetura interna da nave da igreja, teve a inspiração no Domo da Rocha no Monte do Templo de Jerusalém. Após o decreto do Papa Clemente V para o extermínio dos Templários na Europa e na Terra Santa, aqueles que conseguiram chegar em Portugal se guiavam pela simbologia e um dos pontos fortes para destacar que estavam no local certo, é a foto que eu registrei, que mostra uma pietà de São João Batista acolhendo a Virgem Maria. A simbologia seria o acolhimento aos Monges Templários, pois São João Batista é o patrono da Ordem.
Vide foto abaixo
A prova de fogo para os Templários do Castelo de Tomar aconteceu no ano de 1190, chefiados presencialmente pelo Califa, onde os Amóadas cercaram o Castelo e desferiram um poderoso ataque, mas não obtiveram sucesso contra os Monges Templários.
A relação dos principais locais onde foram associados a presença dos Cavaleiros da Ordem do Templo ocuparam em sua jornada em terras Portuguesas:
Castelo de Soure
Castelo de Tomar
Castelo de Castelo Branco
Castelo de Pombal
Castelo de Penas Róias
Castelo de Ega
Castelo de Mogadouro
Castelo de Longroiva
Castelo de Ródão
Castelo de Castelo Novo
Castelo de Penha Garcia
Castelo de Almourol
Castelo de Montalvão
Castelo de Monsaraz e vila de Monsaraz
Castelo de Redinha
Castelo de Nisa
Castelo de Alpalhão
Castelo de Zêzere
Castelo de Cardiga
Castelo de Vila do Touro
Castelo de Segura
Castelo de Monsanto
Castelo de Salvaterra do Extremo
Castelo de Rosmaninhal
Castelo de Penamacor
Castelo de Bemposta
Castelo de Proença-a-Velha
Castelo de Idanha-a-Velha
Castelo de Idanha-a-Nova
Torre templária de Idanha-a-Velha
Igrejas
Igreja de Santa Maria dos Olivais
Igreja de Santa Maria da Alcáçova (Santarém)
Igreja de Santiago de Antas
Igreja de São João Evangelista do Alfange
Presença Templária nas batalhas de defesa de Portugal
A Ordem de Cristo foi essencial para a defesa da fronteira sul de Portugal, no avanço de Algarve, após o "Mestre D. Gualdim Pais" promover o restauro do Castelo de Almourol. Em 30 de Novembro 1165, a Ordem recebeu por doação o Castelo de Monsanto. Doação de terras, tais como Herdade de Açafa no ano de 1199, no qual fora fundada Castelo Branco. Participação na Batalha de Tolosa no ano de 1212 e também na tomada de Alcacér do Sal, ao sul de Lisboa. Batalha promovida pelo Bispo de Lisboa D. Soeiro na época.
Dissolução da Ordem Templária e criação da nova Ordem de Cristo
No ano de 1306, o Papa Clemente V, exigiu o confisco de bens da Ordem dos Templários da Península Ibérica. Obedecendo imediatamente a ordem do Papa, o rei Fernando IV de Leão e Castela se apropriou dos bens da Ordem, o rei D. Dinis tomou outra ação de apenas em 1309 cumpriu parte da exigência Papal. Na data de 31 de Janeiro de 1310, o rei D. Dinis assinou um pacto com os reis Fernando de Castela e Jaime II de Aragão contra o Vaticano, caso reivindicasse os bens dos Cavaleiros Templários para a igreja. A ordem final seria que os bens da extinta Ordem Templária fosse transferida totalmente para o controle da Ordem dos Cavaleiros Hospitalários, ação que não seria interessante para Portugal. Por fim, na data de 14 de Março de 1319 a nova Ordem de Cristo foi oficializada pela Bula Papal "Ad Ea Exquibus", desta forma o Rei D. Dinis entregou a "Nova Ordem" todos os bens pertencentes aos Cavaleiros Templários, sendo Castelos e terras conquistadas ou doadas. Gil Martins foi nomeado Grão-Mestre da Nova Ordem e os antigos Monges Templários foram integrados na Ordem dos Cavaleiros de Cristo. Sendo assim, o último Mestre do Templo em Portugal, D. Vasco Fernandes abandonou seu cargo de comendador de Montalvão, na fronteira com a Espanha, e reintegrou-se á Ordem dos Cavaleiros de Cristo, e como os demais antigos Templários adotou em sua assinatura "Quondam miles templi", ou seja, "Outrora Cavaleiro Templário".
Nós da Europax, acabamos de criar um roteiro para que você possa viver a história dos Templários em Portugal. Para mais detalhes, entre em contato conosco.
Obrigado por terem chegado até aqui! Eu sou o Mauro Popovs criador do roteiro Templário e Cruzado na Terra Santa, guia de turismo a serviço da empresa Europax Operadora Turística de Portugal. Agradeço novamente por seu interesse pelo roteiro e nos colocamos á disposição para ajudá-los a fazer a melhor viagem de sua vida.
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